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Quem prova que você é você? A aposta da Valid na identidade digital

Seja para abrir uma conta bancária, embarcar em um voo ou solicitar um benefício do governo, a identidade de um cidadão precisa ser confirmada. Mas, no Brasil, esse processo sempre foi fragmentado. Cada estado emitia seu próprio RG, enquanto a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) acabou sendo usada como documento principal por falta de uma alternativa mais confiável.

É nesse cenário que a Valid, empresa responsável pela emissão de grande parte dos documentos físicos do país, quer liderar uma revolução na identidade digital. Apostando em biometria, integração de dados e segurança, a companhia busca tornar a autenticação mais eficiente e reduzir fraudes.

“Nosso papel vai além de imprimir documentos. Estamos construindo a base para um sistema de autenticação mais seguro e integrado”, afirma Ilson Bressan, CEO da Valid.

Os impactos financeiros dessa mudança já aparecem. Em 2024, os novos negócios da Valid — que incluem identidade digital, governo digital e mobile — faturaram R$ 216 milhões, um crescimento de 300% em relação ao ano anterior. A receita total da empresa chegou a R$ 2,17 bilhões, com lucro líquido recorde de R$ 381 milhões.

Da identidade física à digital

O primeiro passo dessa transformação veio com a Carteira de Identidade Nacional (CIN), documento padronizado vinculado ao CPF que começou a ser emitido em 2022. Com QR Code de validação, a CIN impede a duplicidade de registros e facilita a verificação da identidade dos cidadãos.

A Valid já responde por 60% das emissões de RGs e 80% das CNHs no Brasil e agora quer expandir seu ecossistema de identidade digital. O objetivo é conectar bases de dados — como cadastros bancários, registros da Aneel e informações governamentais — para reduzir fraudes e simplificar processos. “Ainda temos um problema sério de informações desencontradas. Hoje, uma pessoa pode ter um endereço cadastrado no banco, outro na Receita Federal e um terceiro no Detran”, explica Bressan.

Além da modernização, a digitalização tem impacto econômico direto. Melhorar a infraestrutura de identidade digital fortalece a segurança e o acesso ao crédito, além de evitar desperdícios bilionários em políticas públicas.

No Bolsa Família, fraudes e inconsistências nos cadastros resultam em desperdícios anuais que chegam aos bilhões. No INSS, as perdas com benefícios irregulares podem ultrapassar R$ 40 bilhões por ano. O recadastramento biométrico e a identidade digital ajudam a evitar esse tipo de prejuízo.

Com as novas apostas, a expectativa da Valid é que, até 2030, metade da sua receita venha dos negócios digitais, atingindo cerca de R$ 4 bilhões.

Leia a matéria completa no site da Exame.

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