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Fraudes digitais em alta: como se proteger com autenticação multifatorial

Tempo de Leitura:
Autor:
Redação Valid
Data de Publicação:

Em tempos de inteligência artificial generativa e identidades sintéticas, confiar em um único fator de autenticação já não é suficiente. O aumento das fraudes digitais, muitas delas baseadas em engenharia social e uso de deepfakes, exige uma resposta mais robusta, em várias camadas.

Para bancos e órgãos públicos que operam serviços críticos e sensíveis, essa resposta precisa ser simultaneamente segura, fluida e adaptável à realidade de quem está do outro lado da tela.

E é exatamente aqui que entra a autenticação multifatorial: uma abordagem que vai além da biometria e passa a considerar o contexto, o comportamento e a integridade de toda a jornada.

O novo cenário de ameaças: fraude automatizada, escalável e invisível

A transformação digital trouxe conveniência e escala para os serviços, mas também para os fraudadores. Hoje, não são mais indivíduos isolados tentando burlar um sistema; são grupos organizados, com acesso a ferramentas sofisticadas de inteligência artificial, reconhecimento de voz, manipulação de imagem e síntese facial.

Segundo a Juniper Research, as perdas com fraudes em identidade digital devem ultrapassar US$ 50 bilhões até 2026. Relatórios do Relatório Mapa da Fraude da ClearSale já mostram alta nas tentativas de fraude em setores como financeiro, telecom e serviços digitais, com crescimentos superiores a 20% em algumas modalidades.

As tecnologias de deepfake já são capazes de driblar sistemas biométricos que analisam apenas a face ou a voz de forma estática. Isso mostra que, embora a biometria seja uma camada essencial de segurança, ela não pode mais atuar sozinha.

As tecnologias de deepfake já conseguem enganar sistemas biométricos que analisam apenas a face ou a voz de forma estática. Isso revela uma verdade incômoda: isoladamente, a biometria, embora seja uma camada essencial para a segurança, não é mais suficiente.

Biometria sozinha pode ser ineficiente; é hora de pensar multifator

Ao longo dos últimos anos, muitos sistemas migraram para autenticação baseada em biometria, especialmente a facial, por sua praticidade. Mas essa camada, se usada de forma isolada, pode ser enganada por imagens impressas, vídeos ou animações geradas por IA. Isso exige uma nova abordagem: a autenticação multifatorial dinâmica e contextual.

O conceito é simples: combinar mais de uma evidência de identidade para validar uma ação sensível — como abrir uma conta, autorizar uma transação ou acessar um serviço público digital. Essas evidências podem incluir:

  • Algo que o usuário é (biometria facial ou de impressão digital);

  • Algo que o usuário tem (dispositivo, token ou assinatura digital);

  • Algo que o usuário faz (comportamento, padrão de navegação, geolocalização);

  • Algo que o usuário conhece (informações de base biográfica ou histórico de relacionamento).

Quanto mais esses fatores atuam de forma integrada e transparente, menor a chance de fraude e maior a fluidez da experiência para usuários legítimos.

A autenticação multifatorial não precisa ser sinônimo de complexidade. Com tecnologias modernas, é possível integrar múltiplos fatores de forma transparente, respeitando a jornada do usuário e o contexto da operação.

Ciclo de Vida da Identificação: muito além do login

Na Valid, essa abordagem multifatorial é incorporada ao que chamamos de Ciclo de Vida da Identificação do Cliente, uma esteira modular que oferece ferramentas de verificação, autenticação e monitoramento desde o onboarding até revalidações futuras.

Os principais componentes dessa esteira incluem:

  • Biometria facial e de fingers, com prova de vida ativa e passiva;

  • OCR de documentos, com análise de integridade e formalística;

  • Verificação de bases biográficas e de dispositivos;

  • Assinatura digital com validade jurídica;

  • Geolocalização e inteligência contextual para verificar consistência de acesso;

  • Score de risco e gestão de anomalias, com aprendizado contínuo baseado em comportamento.

A combinação desses elementos permite que cada organização desenhe uma jornada sob medida, com níveis de segurança ajustáveis ao tipo de operação, perfil de risco e experiência desejada.

Valid apoia governos e instituições financeiras na construção dessa jornada

Com mais de 60 milhões de autenticações por biometria facial realizadas e liderança nacional em soluções de identificação segura, a Valid oferece infraestrutura completa para viabilizar jornadas digitais seguras, rápidas e interoperáveis.

Nos bastidores, a tecnologia da Valid:

  • Possibilita interoperabilidade entre bases públicas e privadas, com conformidade à LGPD;

  • Permite auditoria completa de cada ponto de contato do usuário, com consentimento rastreável;

  • Integra ferramentas antifraude e gestão de identidade digital, sem fricção para o usuário.

Autenticação cada vez mais inteligente

Na era dos deepfakes, a segurança não está em dificultar o acesso, mas sim em identificar corretamente, de forma invisível e inteligente, quem está tentando acessar. E isso só se faz com uma abordagem multifatorial, ética e adaptável.

Governos e instituições financeiras que evoluírem agora para uma arquitetura de autenticação robusta e fluida estarão à frente não só na prevenção de fraudes, mas na construção da confiança digital que o futuro exige.

E a Valid está pronta para liderar essa transformação, lado a lado com seus parceiros. Entre em contato para saber como podemos te apoiar.

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