Vivemos na era dos dados. Cada clique, biometria, geolocalização ou documento escaneado é uma peça valiosa na engrenagem da transformação digital. Mas enquanto empresas e governos aceleram a coleta e o processamento dessas informações, uma pergunta-chave precisa ser feita: quem, de fato, controla o uso desses dados?
Durante anos, o consentimento foi tratado como um item burocrático, uma etapa formal, marcada por um “li e aceito” ignorado por quase todos. Hoje, esse modelo já não se sustenta.
Com o avanço da digitalização, da regulação (como a LGPD, no Brasil) e da pressão social por mais transparência, a gestão do consentimento se tornou um ponto central nas discussões sobre confiança, ética e inovação.
Segundo o estudo Cisco Consumer Privacy Survey 2025, 92% dos consumidores brasileiros consideram a forma como as empresas tratam seus dados pessoais como um fator determinante para decidir com quem fazem negócios.
Além disso, 76% dos consumidores globais afirmam que não comprariam de uma empresa em que não confiassem com seus dados, e 81% acreditam que o tratamento dos dados reflete o respeito da empresa pelos seus clientes.
Diante desse cenário, em que confiança e transparência se tornaram ativos essenciais para a competitividade das empresas, surge uma demanda clara: não basta proteger os dados — é preciso garantir que os consumidores tenham controle sobre eles.
É aí que entra a gestão do consentimento, uma prática que vai muito além do simples "aceite" e se consolida como pilar fundamental da privacidade digital.
Diferente da simples obtenção de um aceite, a gestão do consentimento é um processo contínuo, auditável e transparente, que garante aos titulares de dados o controle real sobre como suas informações são utilizadas. Significa oferecer:
É essa governança que permite que empresas e órgãos públicos avancem em seus projetos de digitalização sem abrir mão da confiança social, da conformidade legal ou da proteção à privacidade.
Tratar o consentimento como estratégia, e não apenas como exigência legal, é o que separa organizações inovadoras daquelas que apenas reagem a pressões externas.
Quando bem implementada, a gestão do consentimento:
De acordo com a McKinsey, empresas que adotam práticas robustas de governança de dados e privacidade têm até 20% mais chances de manter clientes fiéis e recorrentes do que aquelas que lidam com o tema apenas por obrigação (McKinsey Digital Trust Survey, 2022).
À medida que o Brasil avança rumo a uma Infraestrutura Pública Digital (DPI), a interoperabilidade entre sistemas e instituições se torna inevitável e desejável.
Mas, para que dados circulem entre entes públicos, privados e federativos de forma legítima e segura, o consentimento precisa ser mais do que um botão: ele precisa ser um contrato de confiança digital.
Sem uma gestão clara, auditável e interoperável do consentimento, não há como garantir, por exemplo:
É por isso que a gestão do consentimento, além de uma exigência regulatória, é a base operacional de todo ecossistema digital confiável. E quem dominar essa camada, dominará o futuro da identificação.
Na Valid, a gestão do consentimento é tratada como uma camada transversal às soluções de identidade digital.
Seja no onboarding de um novo cliente, na autenticação contínua de um serviço ou na revalidação periódica de dados, o consentimento está sempre presente como mecanismo ativo e transparente.
A arquitetura da Valid permite:
Tudo isso com aderência à LGPD, interoperabilidade entre bases e governança ética como princípio estruturante.
À medida que os serviços se tornam mais personalizados, automatizados e interoperáveis, a confiança do cidadão se torna um dos ativos mais escassos (e valiosos) da nova economia digital.
O uso ético e transparente dos dados pessoais, sustentado por uma gestão de consentimento robusta, será o que permitirá avançar com inovação sem retroceder em direitos.