Explorando o aumento da coleta de dados biométricos no Brasil e suas implicações para a privacidade e proteção de dados
No Brasil, a adoção crescente de tecnologias de identificação biométrica segue uma tendência global, refletindo preocupações sobre privacidade e legalidade. Com mais de 60% da população preocupada com a segurança desses dados, a coleta biométrica tornou-se um tema de relevância. Exemplos disso incluem o reconhecimento da íris, com empresas como a Tools For Humanity na vanguarda dessa prática. A Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) iniciou uma investigação para verificar a conformidade da empresa com as leis locais, destacando a importância da proteção de dados pessoais sensíveis como a biometria, que podem incluir fontes digitais, características físicas e vocais, além da íris.
Os dados biométricos abrangem tanto características físicas quanto comportamentais, tornando-se informações pessoais por sua unicidade. Os métodos variam de precipitação digital a reconhecimento facial e íris, passando até pela análise do modo de andar. Com o mercado de biometria movimentando cerca de US$ 60 bilhões, espera-se que esse valor dobre até 2029, refletindo a expansão de seu uso.
A biometria apresenta-se como uma alternativa eficaz aos métodos tradicionais de autenticação, como senhas e números de cartão. Este setor ganha relevância com o aumento de fraudes e roubos de identidade, oferecendo uma forma única e precisa de identificação, considerada mais segura e confiável. Apesar disso, é essencial que a implementação dessas tecnologias respeite leis como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, garantindo práticas seguras na coleta e uso de dados pessoais.
Empresas como Valid e Montreal trabalham para integrar novas tecnologias biométricas, mantendo-se dentro das normas legais. Técnicas como a identificação por impressão digital e reconhecimento facial são comuns no país, enquanto a biometria ocular enfrenta resistência devido a percepções de invasividade. Apesar disso, suas soluções podem oferecer inovação para segmentos da população onde outras formas de biometria enfrentam dificuldades.
Além das considerações técnicas, como a precisão dos sensores, a liberdade social é fundamental. Enquanto os métodos consolidados como a terapia digital são populares, as novas tecnologias como a íris devem vencer barreiras culturais para obter maiores facilidades.
Há otimismo quanto ao futuro da biometria no Brasil, com a expectativa de expansão dos serviços conforme a tecnologia avançada e os aspectos legais são propostos. Os setores financeiro e governamental já adotam sistemas biométricos avançados, antecipando uma utilização mais ampla a curto prazo.
O crescimento da biometria dependerá do equilíbrio entre inovação e conformidade com a regulamentação, além da proteção de dados dos usuários. Somente com a confiança pública a coleta de dados biométricos poderá prosperar sem grandes resistências.